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Francisco Sevolani: “O povo corresponde a qualquer iniciativa que fala de Santa Rita”

Em muitas paróquias se faz a novena da santa, advogada dos impossíveis, e algumas igrejas da Ordem são importantes centros de peregrinação: Monachil na Espanha e Honiton na Inglaterra. Também em América esta muito difundida a devoção por esta santa que foi esposa, viuva e monja agostiniana. Na sua festa repartem-se as rosas benzidas que são recebidas com devoção por muitos fieis que pedem à Santa Rita alívio e saúde na enfermidade.

P.- Que objetivos prioritários lhe encomendou o capítulo provincial?
R.- Bom, acredito que todas as ordenações são importantes e devemos olhar a Província como um todo. Não podemos nos descuidar de nada: o apostolado, a espiritualidade, a parte econômica e administrativa, a comunicação com os frades da Província e da Ordem. Tudo tem sua importância. Mas acredito que a formação seja o mais importante. Quero olhar com carinho especial e para isso fiz o propósito de sempre que puder, visitar os seminários, estar com nossos seminaristas, professos e à medida do possível, também com os nossos noviços. E para mantermos um maior contato com nossos noviços, fizemos um esforço e com muita disponibilidade daqui um mês mais ou menos, estará viajando Frei Ademir João Garcia para morar com nossos noviços no Deserto da Candelária, onde estão nossos noviços.

P.- Depois de quatro meses, como vê a Província e seus ministérios?
R.- Estou muito otimista em relação à nossa Província. Vejo neste momento um grande número de jovens sendo acompanhados pela pastoral vocacional para ingressarem no Propedêutico, que em 2008 tem 7 seminaristas. Cursando a Filosofia são sete, também. No Noviciado são quatro e na Teologia são dezesseis. Neste ano de 2008 serão sete profissões Solenes e três Ordenações Sacerdotais. Com as transferências já concluídas as comunidades vão aos poucos, pegando um novo ritmo, com muito entusiasmo. Alegria e ânimo não faltam e estamos buscando corrigir eventuais erros para crescermos juntos como Província e Igreja.

P.- Neste ano vocacional na Província Santa Rita professaram seis religiosos de votos simples, sete profissões solenes, dois diáconos e um sacerdote. Como vê o futuro vocacional da Província?
R.- No ano vocacional AVAR 2008 a Província é abençoada pois teve e terá várias profissões (simples e solenes) e ordenações diaconais e presbiterais. Em janeiro deste ano 6 irmãos professaram os votos simples. Recém-chegados do noviciado que foi realizado na Colômbia junto aos agostinianos recoletos da Província Nossa Senhora da Candelária, a profissão dos freis Evandro Antônio Ferreira da Silva, Agostinho Morosini, André Pereira de Arruda, Gustavo Barbiero Mello, Jacir Silvio Sanson Júnior e Ricardo Alberto Dias aconteceu no dia 5 de janeiro no teologado Santa Mônica. Para os votos solenes (profissão perpétua) em 2008, duas já aconteceram e outras cinco outras ocorrerão em breve. No dia 18 de abril os freis José Alexandre de Matos e Wagno Broedel Palma professaram solenemente e no dia 24 de maio a Província será agraciada com as profissões solenes dos freis Jonas Gusson, Edmilson Vidal, Didier Esperidião Neto, Helton Pimenta Fernandes e Gracione Augusto Alves. Temos, então, 7 profissões solenes para o Ano Vocacional, algo que não acontecia há muito tempo na Província. Duas ordenações diaconais e três sacerdotais agraciam a nossa Comunidade neste Ano Vocacional: Frei José Alexandre Matos está programado para ser ordenado sacerdote em outubro, frei Wagno Broedel Palma em novembro e agora, no dia 23 de maio, temos a ordenação presbiteral de frei Robson Correia da Silva. Vocês podem acompanhar a caminhada da Província nestes e em outros aspectos acessando nosso site: www.santarita-oar.org.br Lá você encontra fatos e fotos das profissões e ordenações que já aconteceram e das que estão por acontecer.

P.- Que repercussão pensa que pode ter o documento de Aparecida para nossas comunidades e nossos ministérios no Brasil?
R.- Todo Documento novo na Igreja é bom. Sempre traz uma renovação para toda a igreja. Creio que depois de um bom estudo do documento, cada comunidade poderá tirar uma riqueza dele e colocar dentro de sua própria realidade. O documento de Aparecida dá margem para isso, pois ele é muito rico, neste espírito de pequenas comunidades. A Formação permanente de Nossos religiosos passou a ser uma exigência. Eles terão que estar preparados para formar os leigos em suas comunidades. Com este documento todos crescem! É o que eu acredito e espero.

P.- Como vê a devoção a Santa Rita nos ministérios da Província?
R.- Santa Rita de Cássia é muito querida pelo povo brasileiro. Encontramos loja Santa Rita, Roupeiro Santa Rita, Praça Santa Rita, Auto Escola Santa Rita, Farmácia Santa Rita, Rua Santa Rita, Cidade Santa Rita, Bairro Santa Rita, Igreja Santa Rita, Matriz Santa Rita, etc. Nas nossas comunidades temos uma preocupação grande de continuar divulgando este Nome. O povo corresponde a qualquer iniciativa que fala de Santa Rita. Em todas as nossas paróquia, mesmo as que não a tem como padroeira, demonstram um interesse grande. Assim como acontece em outros países e no Brasil, nas nossas comunidades também não é diferente. Temos Festas, tríduos, novenas, bênçãos das rosas, missas mensais, procissão, etc.

P.- Pode dizer-nos desde quando se edita a Revista o Mensageiro de Santa Rita e que repercussão possui?
R.- A Mensageiro de Santa Ria é um dos veículos de comunicação da igreja católica e da família agostiniana, que chega a muitos lares brasileiros e no exterior levando mensagens de âmbito nacional e internacional, que atende diferentes gostos e necessidades com uma abrangência de conteúdo inclui, entre outros, a história eclesiástica – inclusive agostiniana-recoleta, vocação, saúde, artes culinárias, experiência humana e sínteses teológicas. Portanto, é uma revista que pode ser lida por tantos quantos anseiam por uma informação séria, humana, a uma reflexão que ajuda a crescer como pessoa do mundo de hoje. Desde 2005 a Revista dispensa uma atenção especial as vocações, publicando artigos pertinentes ao assunto. Neste ano vocacional agostiniano-recoleto, a revista apresenta, em todas as suas edições em 2008, material específico deste ano tão importante na Ordem e na Província. Em 2008 a Revista está completando 78 anos. Nascido em 1930 com o nome de A Sagrada Correia, muito antes da criação da Província Santa Rita de Cássia, em 18 de junho de 1960, a revista já possuia o nome de Mensageiro de Santa Rita. Atualmente a Revista está em processo de renovação e divulgação mais intensa, inclusive pelo site da Província. Os resultados já são aparentes pois tem aumentado o número de assinantes e colaboração com artigos.

Francisco Sevolani Botacin, provincial de Santa Rita

Nasci no dia 22 de maio de 1956. Minha família sempre morou em comunidades que eram atendidas pelos Padres Agostinianos Recoletos, no Município de Conceição do Castelo, Estado do Espírito Santo. Sempre teve um carinho muito grande por Eles. Fui batizado por Frei João Echávarri Asiain dia 13 de Junho de 1956. A primeira Eucaristia foi com Frei Alaor dos Santos. Com 14 anos, dia 3 de março de 1972, ingressei no Seminário Santo Agostinho de Castelo, Estado do Espírito Santo, para cursar a 5ª série, onde era Superior Frei Enéas Berilli. Ali permaneci 4 anos. 1976 foi para o Seminário Nossa Senhora Aparecida (Capelinha) Franca São Paulo. 1982 Noviciado no Desierto de la Candelária, Colômbia. Mestre de novicio Norberto Escobar e vice Domingos Nafria e depois José Luis Ascona. Fiz minha primeira profissão dia 10 de Janeiro de 1983. Em 1983, residi Teologado Santa Mônica, São Paulo SP. Fui Ordenado Sacerdote dia 20 de dezembro de 1986.

No ano de 1987, meu primeiro ano de Padre, trabalhei na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Tapauá, Prelazia de Lábrea AM. De Janeiro de 1988 até Abril de 1996 trabalhei na Paróquia Nossa Senhora da Penha em Castelo ES. Dia 28 de Abril de 1996 tomei posse como Pároco e Superior da casa na Paróquia Santa Rita de Cássia em Igarapava, Diocese de Franca, SP. No dia 14 de Janeiro de 2008 fui eleito Prior Provincial e passei a residir a casa provincial de São José em Ribeirão Preto.

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