Presente

O II Congresso Histórico da Ordem se encerra com o anúncio de uma exposição artística sobre santo Agostinho

Francisco Javier Martínez Medina e Miguel Ángel León Coloma apresentaram, no II Congresso Histórico Agostiniano Recoleto, as obras de arte que formarão parte da “Exposição Iconográfica do carisma agostiniano”. O acervo poderá ser visitado no começo de setembro na igreja granadina de Hospitalicos atendida pelos agostinianos recoletos. Organizado pela província agostiniano-recoleta de Santo Tomás de Vilanova, o ato acadêmico contou também com a participação de outros entendidos em arte. José Luis Romero Torres, por exemplo, que ofereceu uma conferência intitulada: “A arte e o patrimônio histórico do convento de Pópulo de Sevilha”, um dos muitos templos espanhóis com ressonâncias agostinianas.

Ares americanos

No primeiro dia do Congresso de especial destaque foi a presença do Núncio Apostólico na Espanha e suas conferências que se centraram na história da Província de Santo Tomás de Vilanova que este ano celebra o centenário de sua restauração. No segundo dia, a palestra “Santo Tomás de Vilanova, reformador da Igreja” ministrada por Arturo Llin Cháfer, especialista nos estudos sobre o santo bispo agostiniano, abriu as portas para as conferências pronunciadas pelos bispos agostinianos recoletos José Luis Azcona (Marajó, Brasil) e Jesús María Cizaurre (Cametá, Brasil).

O padre Miguel Orcasitas manifestou que o patrimônio maior dos agostinianos é o próprio santo Agostinho, e destacou que cerca de 50.000 religiosos e religiosas de umas 150 ordens e congregações seguem sua Regra. O historiador da Ordem dos Agostinianos Recoletos, Ángel Martínez Cuesta falou sobre a primeira etapa dos agostinianos recoletos no Brasil e Ricardo W. Corleto sobre a presença na Argentina.

Concluídos os atos acadêmicos, os participantes no Congresso se deslocaram até a localidade de Santa Fé, onde o arcebispo de Granada, Dom Francisco Javier Martínez presidiu a eucaristia, tendo como concelebrantes a Dom Adolfo González Montes, bispo de Almería, e os dois bispos agostinianos recoletos.

Cartuxa e Quinta Alegre

Na igreja de La Cartuja, jóia da arquitetura barroca espanhola, se celebrou a missa no terceiro dia do Congresso. A jornada acadêmica começou com uma olhada no passado com a palestra do agostiniano Javier Campos sobre o episcopado de santo Tomás de Vilanova. A seguir, o claretiano José Cristo Rey García Paredes, especialista em Teologia da Vida Consagrada, expôs os “Desafios da vida religiosa no século XXI”. Miguel Miró, Vigário Geral da nossa Ordem, propôs os futuros desafios do carisma agostiniano recoleto.

Durante a sessão vespertina os congressistas se deslocaram ao Palácio de Quinta Alegre. Ali puderam ouvir do especialista Imanol Larrínaga, outra conferência sobre “O caráter contemplativo na vida consagrada e na Ordem dos Agostinianos Recoletos”.

Broche de ouro

O convento agostiniano recoleto de Monachil foi o lugar em que se desenvolveu o último dia do Congresso. Juan Aranda Doncel falou sobre “Os vestígios da Recoleção Agustiniana em terras cordobesas”; Teodoro Calvo recordou os acontecimentos mais importantes da Província em seu centenário e Baltasar Reguera fez memória dos 50 anos da Vigararia da Venezuela. A última conferência do Congresso foi pronunciada pelo Prior Geral da Ordem dos Agostinianos Recoletos, Javier Guerra, que apresentou o tema “A Ordem dos Agostinianos Recoletos na encruzilhada do novo milênio”.

O Congresso foi encerrado na catedral de Granada, com a celebração da eucaristia presidida pelo arcebispo da diocese, Francisco Javier Martínez. O templo acolheu aos mais de 200 congressistas, religiosos e leigos, que pediram a força do Espírito para continuar testemunhando o amor de Cristo no mundo. O bispo de Marajó, Brasil, José Luis Azcona, deu testemunho de sua fé ante as ameaças recebidas. Ao final da missa o Prior Provincial, Miguel Ángel Hernández, fez a entrega da medalha comemorativa do centenário ao Arcebispo de Granada.

X