Segundo a agência de notícias Europa Press, este conjunto realizado em 1645 foi um presente feito às agostinianas recoletas pelo VI Conde de Monterrey, Manuel Zúñiga y Fonseca, embaixador em Roma e depois Vice-rei de Nápoles, cuja filha Inês era professa neste convento da Puríssima de Salamanca.
A cena representada transcorre na casa de Nazaré, na qual se vislumbra a vida cotidiana de Jesus. É possível contemplar os grupos que a compõem: Jesus, Maria e José, mais os Reis, pastores e anjos cantores. São figuras articuladas vestidas com roupas típicas originais confeccionas em cetim bordado com fios de ouro e prata.
Além disto, no Real Mosteiro da Encarnação, e também por motivo de seu quarto centenário, se pode apreciar três dos tapetes da série “Os Atos dos Apóstolos”. Desde sua fundação, os tapetes foram guardados nesta clausura com o propósito de serem utilizados em determinadas cerimônias litúrgicas do tempo pascal, tempo litúrgico em que o livro dos Atos dos Apóstolos exerce especial protagonismo. Estes tapetes foram tecidos no século XVII no ateliê de Jan Raes e Jacob Geubles II, em Bruxelas (Bélgica), segundo cartões de Rafael Sanzio. Possivelmente foram encomendados pelos arquiduques Alberto e Isabel Clara Eugenia, esta última muito amiga do convento da Encarnação. Devido à desamortização de Mendizábal (1835), as peças foram guardadas no Palácio Real de Madri e nunca voltaram ao Mosteiro.