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O mosteiro de Yuso abrirá suas portas ao turismo durante as noites de agosto

O agostiniano recoleto José Luis Untoria, responsável pelas visitas ao mosteiro, ha explicou à agência EFE que as visitas ocorrerão nos quatro sábados do mês de agosto, as dez horas da noite e ao mesmo preço – cinco euros – dos passes diários. Dado que nunca abriram o mosteiro nesse horário, desconhecem a demanda que terão as visitas. Ainda assim esperam lograr um grupo de cinquenta pessoas. Embora, segundo Untoria, não se estabeleceu um número mínimo de assistentes.

Em todo caso, explicou que será necessário realizar uma reserva telefônica previa, para que o mosteiro conte com uma previsão mais ajustada do número de guias com que deverão contar.

A visita, a diferença da diurna, só percorrerá as dependências da planta baixa do convento: o claustro, a igreja, a sacristia e o refeitório.

Além do mais, se complementará com um pequeno percurso pelo exterior, que permanecerá iluminado pelos 160 canhões de luz instalados há um ano pela Fundação Iberdrola; uma esplêndida instalação que, segundo reconhece o próprio Untoria, “não temos podido utilizar muito”.

Patrimônio

O objetivo destas visitas é “mostrar um Yuso diferente”, em que “o protagonista maior seja o edifício em si mesmo e o silêncio”, em vez dos “hinários ou as relíquias”, que são contemplados na visita diária.

“Pretendemos outra perspectiva a esta visita e esperamos que tenha acolhida”, assegurou o responsável pelo mosteiro, acrescentando que, em função da resposta do público, poderiam continuar com estas visitas nas primeiras semanas de setembro.

Os visitantes noturnos percorrerão varias das dependências do mosteiro de Yuso, o “de Baixo”, declarado Patrimônio da Humanidade em 1997 junto com o de Suso, o “de Cima”, na mesma localidade riojana. Trata-se de um complexo de importância excepcional para a língua espanhola, já que em San Millán de la Cogolla foram escritas as primeiras frases conhecidas neste idioma.

As dependências atuais têm sua origem, principalmente, no século XVI, quando se lavraram o claustro processional, o refeitório, a sacristia e a maior parte da igreja. Outros elementos, como o conjunto de cadeiras e retábulos se remontam ao século XVII. E o coro e a ornamentação da sacristia são do século XVIII.

A maior parte destes espaços tem sido objeto nos últimos anos de uma restauração integral que supôs um investimento de 16 milhões de euros.

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