A Província de Santo Tomás percorreu seus 102 anos de historia fazendo pausas trienais de reflexão: 34 pausas, os capítulos, de estudo da realidade, contraste de pareceres e escuta da Palavra para, em seguida, retomar a marcha com novas forças e maior percepção. Os desafios foram muitos, em mais de um século. O da renovação, que agora se enceta, pode parecer especialmente árduo. Mas a história mostra que esse mecanismo comunitário que é o capítulo resulta especialmente apto para captar as correntes do Espírito e retomar a marcha com novo impulso.
Reúnem-se no convento de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Monachil (Granada, Espanha). Um convento que está completando 100 anos. Era uma fábrica de tecidos quando, no dia 22 de agosto de 1912, foi adquirido por uma Província que contava apenas dois anos de vida. Desde então, Monachil foi a casa central e o coração da Província de Santo Tomás. Durante muitos decênios foi sua principal casa de formação e daqui saíram 14 expedições 207 missionários rumo a América, principalmente ao Brasil, mas também a Argentina e Estados Unidos.
Amazonas
Nestes países a Província lançou raízes. Hoje ela está estendida principalmente pela Espanha (10 comunidades e 77 religiosos), Brasil (10 e 39), Argentina (7 e 23) e Venezuela (5 comunidades e 18 religiosos). Majoritariamente o pessoal continua sendo espanhol (115 frades), mas o número de sul-americanos já chega á 35 %, e costumam ser os mais jovens.
O trabalho preponderante é desenvolvido em paróquias, a que estão dedicados 78 frades, quase a metade na Espanha. Também tem sua importância a área educativa, na qual trabalham 25 religiosos. Na escala numérica vêm a seguir os formadores, 14; e os missionários, todos eles concentrados na ilha de Marajó (Brasil), na desembocadura do Amazonas. O bispo prelado de Marajó, Dom José Luis Azcona, é um deles, como o foi também o outro prelado filho desta Província, Jesús María Cizaurre, bispo de Cametá, na mesma região amazônica.