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Francisco agradece aos religiosos seu esforço por viver e contagiar a alegria do Evangelho

A USG iniciou sua 82ª assembléia no dia 27 de novembro, dois dias antes. A reunião já apresentava uma novidade absoluta. Desde o principio já se sabia que, pela primeira vez em sua longa historia, uma reunião da USG ia ser concluída com uma audiência exclusiva com o Papa. Tão grata noticia determinou, desde o principio, o desenvolvimento das três jornadas dedicadas a analisar os comportamentos e as lições do papa Francisco e sua repercussão na vida religiosa atual. Ao final, a conclusão dos superiores foi que “os gestos e o magistério do papa Francisco nos chamam a uma ‘conversão’ em nosso serviço aos irmãos”.

Diálogo fraterno

No dia 29 pela manhã, os membros da assembléia se mobilizaram ao Vaticano, em cuja Sala do Sínodo ocorreu o encontro com o Santo Padre. Não foi propriamente uma audiência, com a correspondente alocução do Pontífice. Foi um longo encontrou no qual, durante mais de três horas, os religiosos apresentaram ao Papa perguntas e inquietações, que ele respondeu com espírito fraterno.

Francisco saudou um a um dos 120 superiores maiores presentes. Ao finalizar o encontro anunciou que 2015 será um ano dedicado à vida consagrada. E, ao abandonar a sala, se despediu dizendo: “Obrigado por tudo quanto fazeis e pelo vosso espírito de fé e afã de serviço. Obrigado por vosso testemunho e também pelas humilhações que sofreis”.

A alegria do Evangelho

Esta 82ª Assembléia e a entrevista com o Papa foram para os superiores religiosos uma extraordinária fonte de inspiração e alento, assim como para todos os consagrados. Soma-se a isso a influencia que deverá exercer a recente exortação apostólica Evangelii gaudium, publicada no dia 24 último, por ocasião do encerramento do Ano da fé. Desde as primeiras linhas deste importante documento, Francisco chama a todos os cristãos “a uma nova etapa evangelizadora marcada pela alegria”, e indicava “caminhos para a marcha da Igreja nos próximos anos”.

Está começando uma nova etapa na história recente da Igreja, com um novo estilo e novas linhas de força. A palavra chave é “conversão”, em busca de mais autenticidade e uma maior fidelidade ao próprio carisma. Os agostinianos recoletos se sentem identificados com este processo de revitalização e reestruturação. O Capítulo Geral de 2010 marcou a pauta para todo um sexênio e é segundo suas diretrizes que a Ordem vem caminhando todos estes anos. Sem dúvida, este impulso renovador encontra nas palavras e gestos do papa Francisco não apenas um aval; encontra, acima de tudo, um novo ambiente, mais profundas motivações e perspectivas insuspeitadas na Igreja e no mundo.

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