Foram dois encontros em um; uma dupla reunião dirigida, em primeiro lugar, às JAR (Juventudes Agostiniano-Recoletas) e, em um segundo momento, encontro de promotores e orientadores vocacionais locais. Os participantes no encontro JAR eram 52 pessoas ‑ religiosos, religiosas e leigos ‑ provenientes de toda a geografia recoleta do Brasil. Em realidade esta foi a grande novidade: pela primeira vez se reuniram todas as demarcações desse imenso país sul-americano.
O Brasil recoleto
No Brasil, onde trabalham cerca de 120 agostinianos recoletos, confluem três das oito províncias da Ordem. Uma delas, a de Santa Rita, tem ali todas as suas casas e está formada por religiosos brasileiros. A província de Santo Tomás de Vilanova, arraigada ali desde suas origens, tem sua sede central na Espanha, sendo o Brasil uma unidade administrativa com graduação de vigararia. Por sua parte, a província de São Nicolau de Tolentino atende à missão de Lábrea, no Amazonas e conta com dois seminários na região nordeste; sua graduação é de delegação diretamente dependente do prior provincial, com sede em Madri. Por fim, às 28 comunidades de frades é necessário acrescentar as seis de missionárias agostinianas recoletas, que também estavam representadas no encontro. Não contamos com a presença das monjas de clausura de Guaraciaba do Norte (Ceará) que, por razões óbvias, não puderam participar.
O encontro teve lugar no Rio de Janeiro nos dias 11-14 de março, e nele participaram os superiores de cada uma das jurisdições. O convocador e presidente do encontro foi Fr. José María Sánchez Martín, conselheiro geral encarregado do Secretariado. E a abertura esteve a cargo do prior geral, Miguel Miró, que se encontrava no Brasil realizando a visita de renovação às comunidades.
Miró, às JAR
Miró se dirigió com um ardor especial aos jovens, assegurando-lhes, uma vez mais, que “as JAR são a oferta da Ordem aos jovens de nossos ministérios: colégios, paróquias, missões”. E expressou sua firme convicção de que “uma paróquia que não tem jovens é uma paróquia triste; não bastam a catequese e os sacramentos. E um colégio que não tenha grupos juvenis, duvido que possa ser plataforma de evangelização”. Além disto, fez uso, como sendo próprias, das palavras do papa Francisco dirigida aos jovens no Brasil: “Sejam revolucionários! Vão na contra-mão! Atrevam-se a ser felizes!”. E destacou o aspecto característico dos jovens agostinianos recoletos: “Não pretendemos isolar-nos, mas viver em comunhão. Grupos abertos e acolhedores, sem mistérios, nem extravagâncias”.
Trabalhos e compromissos
Os trabalhos das JAR se desenvolveram a partir da quarta-feira, dia 11, e duraram até o dia 13. Foram, sobretudo, de caráter formativo, sob a direção do Conselheiro geral José María Sánchez Martín que, primeiro, fez uma apresentação cuidadosa tanto do Manual como dos Estatutos recentemente aprovados pelo Conselho Geral. Mas também se estudou a realidade do movimento nas diferentes regiões e comunidades, e se traçou estratégias comuns para sua implantação ou fortalecimento, conforme o caso. Igualmente, se falou da JMJAR 2016 prevista para acontecer em Cracóvia. E ficou fixado o objetivo de conseguir, em um breve prazo, a criação de uma equipe de coordenação para as JAR de todo o país.
No dia 14 pela manhã teve lugar o encontro de promotores e orientadores vocacionais locais, que decidiu levar a cabo três ações concretas: a criação ou consolidação da equipe vocacional em cada comunidade, a implantação em todos os ministérios de uma semana vocacional anual e a participação nas iniciativas vocacionais das dioceses.
Em outro momento também se reuniu a Comissão Vocacional do Brasil, composta por cinco representantes das distintas regiões recoletas do país. Seus objetivos são eminentemente prático e vão desde a elaboração de materiais comuns até a próxima realização de um encontro nacional de orientadores vocacionais, passando pelo Itinerário Vocacional Agostiniano Recoleto (IVAR), o projeto vocacional de cada comunidade ou a promoção nos meios de comunicação tanto eletrônicos como impresso.