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A ordem dos Agostinianos Recoletos volta a Luque (Córdoba, Espanha).

Na Espanha, depois das desamortizações, dadas entre os anos 1835 e 1837, a Ordem dos Agostinianos Recoletos, e também outras, foi despojada de seus conventos, interrompendo a vida comum de seus membros. Por este motivo, os agostinianos recoletos foram forçados a abandonar o Convento de São Nicolau de Tolentino, em Luque. Desde então, pode-se dizer que nenhum recoleto colocou o pé nesta localidade, onde a velha igreja conventual ainda é perfeitamente conservada.

O regresso, acontecido no passado 07 de novembro, não é senão consequência do encerramento do IV Centenário da presença recoleta, em Granada. Dito ato de encerramento se deu no dia 10 de outubro e consistiu na apresentação do livro “Os Agostinianos Recoletos, em Andaluzia. O convento de São Nicolau de Tolentino da Vila de Luque (1626-1835)”, de Juan Aranda Doncel, doutor em história e numerário da Real Academia de Córdoba. A visita a Luque era, pois, obrigatória, como o era também a missa comemorativa.

O livro sobre a presença da Ordem nesta localidade contribuiu com dois grandes descobrimentos tanto para a localidade como para os próprios agostinianos recoletos: o nome de um dos mais importantes artistas do Barroco cordobês, Francisco Javier Pedrajas, do autor da imagem maior da capela do Sagrario de Priego (córdoba), e a autores da frente do altar, lavrado em mármores coloridos, obra dos entalhadores locais Juan de Aranda Salazar e Salvador de León.

O ato de Luque

As atividades do dia 07 em Luque estavam organizadas pela Irmandade de São João e Nossa Senhora de Graça e Angústias e pela paróquia de Nossa Senhora da Assunção. E, em primeiro lugar, consistiram na apresentação do livro de Aranda Doncel, pelo próprio autor.

Em seguida, foi celebrada uma missa, presidida por Miguel Ángel Hernández Domínguez, vigário da Província de Santo Tomás de Villanueva, e concelebrada por vários membros da Ordem e o próprio pároco da localidade. Nela participava grande número de pessoas que encheu o velho templo. Num lugar à parte, vestindo o hábito da Ordem, encontrava-se o grupo dos jovens professos agostinianos recoletos, formandos do convento de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Monachil (Granada). A celebração foi animada pelo coral das famílias “Virgem da Luz”, de Granada.

Irmãos honorários da Irmandade de São João e Nossa Senhora da Graça e Angústias

A nomeação de Juan Aranda Doncel, autor do livro, e dos agostinianos recoletos como irmãos honorários da Irmandade de São João e Nossa Senhora da Graça e Angústias, foi o ato final “cuja igreja é a sede desta confraria, pela histórica vinculação da Ordem com Luque, no desejo de que esta união se perpetue no tempo”.

 

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