Destacados portada | Presente

A Ordem dos Agostinianos Recoletos no México: 75 anos criando comunhão

Com várias celebrações iniciadas no dia 29 de novembro do ano passado foram sendo comemorados os correspondentes aniversários da presença da Ordem nas cidades de Madeira e Chihuahua, concluindo com uma solene Eucaristia na Basílica de Guadalupe, no dia 4 de dezembro, presidida por Dom Carlos Briseño Arch. OAR e com um encontro da família agostiniana recoleta com o prior geral.

Para a Ordem dos Agostinianos Recoletos celebrar os 75 anos é uma ocasião para agradecer a Deus. Para isto recordamos as palavras que o Papa Francisco dirigiu em audiência à Ordem por ocasião do 55º Capítulo Geral: “a grata memória de seu amor em nosso passado impulsiona-nos a viver o presente com paixão de maneira cada mais corajosa; para poder pedir-lhe como santo Agostinho: “dá-me o que mandas, e manda o que queiras”. Pedir isto implica liberdade de espírito e disponibilidade”.

A OAR: 50 anos em Chihuahua

No dia 29 de novembro, presidida pelos bispos Dom Constancio Miranda, Arcebispo de Chihuahua, Dom Juan Guillermo López, bispo de Cuahtémoc-Madeira e Dom Carlos Briseño Arch., OAR, bispo auxiliar da Cidade de México e concelebrada por 14 sacerdotes do clero diocesano, 14 religiosos recoletos e com a presença de numerosos leigos, celebrou-se na co-catedral de Madeira uma Missa para dar graças a Deus pelos 50 anos da presença recoleta em terras chihuahuenses.

Em sua homilia, Dom Juan Guillermo animou aos membros da Ordem a olhar o passado com gratidão, o presente com paixão e o futuro com esperança. Dom Carlos Briseño, com emotivas palavras, recordou o trabalho evangelizador de Dom Justo Goizueta, primeiro bispo da então Prelazia de Madeira e hoje Diocese de Cuauhtémoc-Madeira.

Por sua vez o prior geral, Miguel Miró, acrescentou à homilia de Dom Juan Guillermo, o pedido de perdão pelos erros e defeitos que os agostinianos recoletos possam ter cometido e agradeceu o desprendido trabalho que os 90 religiosos realizaram e seguem realizando nestas terras.

Ao finalizar a eucaristia, a comunidade dos agostinianos recoletos, acompanhados de numerosos fiéis, visitaram a tumba de Dom Justo, e depois, no convento das Madres Capuchinhas, deram continuidade à fraterna celebração para recordar o passado com alegria, mas também ansiosos por voltar a reencontrar-nos.

Celebração na Basílica de Guadalupe

No dia 4 de dezembro teve lugar na Basílica de Guadalupe uma solene Eucaristia, presidida por Dom Carlos Briseño Arch. OAR. Entre os concelebrantes, muitos frades AR, bem como o Prior Geral que dirigiu algumas palavras aos presentes.

A história da presença da OAR em Chihuahua

Foi no ano 1965 quando o bispo da Cidade Juárez, Dom Talamás Camandari, procurava por uma Ordem ou Congregação religiosa que o ajudasse em diferentes tarefas pastorais, como atendimento a algumas paróquias em Chihuahua, região que, por sua situação geográfica, apresentava muitas dificuldades para assistência espiritual.

Então, o delegado apostólico Luigi Raimondi e o cardeal primado Dom Miguel Darío Miranda expuseram à Ordem dos Agostinianos Recoletos as necessidades religiosas desta região da serra chihuahuense. Tendo obtido o beneplácito da Ordem, imediatamente procedeu-se a informar a Roma sobre a possibilidade de instituir um território missionário.

O papa Pablo VI criou a Prelazia de Cidade Madeira a 25 de abril de 1966 por meio da bula “In Christi similitudinem” e nela se determina que se desmembrem da arquidiocese de Chihuahua os municípios Cd. Guerreiro e Bachíniva. Da Diocese de Cd. Juárez os municípios: Cd. Madeira, Temósachic, Matachic, Namiquipa, Moris, Ocampo e Gómez Farías. Da Diocese de Cd. Obregón: Yécora. Assim fica constituída a nova Prelazia que será chamada Maderense, com sede episcopal em Cd. Madeira, sob a responsabilidade da Ordem de Agostinianos Recoletos. Os primeiros 4 agostinianos recoletos chegaram a 4 de maio de 1966 a Col. O. Soto Maynez, Nam. onde Dom Talamás a ergueu nova paróquia e onde ficaram 2 religiosos. No dia seguinte, 5 de maio, na Col. Nicolás Bravo, município de Madeira, entregou-se a segunda nova paróquia aos outros 2 religiosos.

Foi a 8 de agosto de 1967, quando se emitiu a Bula “In Christi similitudinem” e o Pe. Justo tomou posse da Prelazia como administrador apostólico. Então a comunidade agostiniana recoleta era formada de doze frades. Deste modo, e passados alguns de meses, a Ordem cumpriu a missão que a Igreja lhe tinha encomendado. Todas as paróquias, mais as novas que se tinham criado estavam dirigidas por frades recoletos, chegando a formar então uma comunidade de 23 frades.

Atualmente, a Ordem está presente a quatro paróquias: A Junta, Cd. Chihuahua, Cd. Cuauhtémoc e Cd. Delícias e são atendidas por treze religiosos. E junto com religiosos de outras ordens e congregações têm realizado um trabalho pastoral de muitos frutos espirituais.

X