O religioso traz a visão católica ao trabalho da QueensCare Foundation, uma instituição que atende vários hospitais e centros médicos em Los Angeles (Estados Unidos).
A vida cotidiana do agostiniano recoleto Michael Stechmann é um pouco diferente da de qualquer outro religioso. Seu trabalho, além de atender às necessidades dos fiéis da Paróquia Cristo Rei em Los Angeles (Estados Unidos), está próximo da saúde e da doença de milhares de pessoas. Desde 2014 ele trabalha na diretoria da QueensCare Foundation, uma instituição católica formada por médicos leigos, na qual Michael traz uma visão de fé. A Fundação administra quatro clínicas de atendimento primário e tem múltiplos programas médicos, sempre a partir de uma perspectiva católica que os religiosos agostinianos recoletos tentam manter.
Em 2012, Michael Stechmann começou a celebrar a missa alguns dias por semana no Hollywood Presbyterian Medical Center, um dos hospitais católicos da Califórnia. “As missas eram principalmente para os médicos, enfermeiras e funcionários do hospital, e eram transmitidas pela televisão para os pacientes”, recorda ele. Foi assim que ele começou a levar a fé aos doentes. A Fundação QueensCare de hoje nasceu da fusão deste hospital com duas outras instituições católicas e seculares.
“Devido ao meu envolvimento com o hospital, fui convidado a integrar o conselho de administração como uma presença católica”, diz Stechmann. Sua tarefa é principalmente manter a essência católica da instituição e assegurar que os valores da fé não desapareçam do trabalho diário em hospitais e clínicas. Hoje, os sacramentos ainda são administrados, as famílias são acompanhadas em luto e os médicos e enfermeiros que, devido à sua carga de trabalho, não podem receber os sacramentos, são atendidos. Os religiosos coordenam o serviço pastoral nos centros médicos e no departamento de solidariedade (Divisão de Caridade), que tenta canalizar doações de pessoas físicas e jurídicas.
Além disso, de seu papel no conselho de administração, Michael Stechmann fornece orientação baseada na fé sobre conflitos éticos na medicina e na fé. “Muitas vezes me pediram”, diz ele, “para esclarecer questões éticas que possam surgir e para dar voz aos ensinamentos da Igreja sobre prevenção e tratamento em situações particulares”. Ele esteve recentemente envolvido nas questões éticas que envolvem a pesquisa e a produção de vacinas COVID-19.
É precisamente a pandemia que tem forçado o reforço do trabalho que a QueensCare Foundation tem feito. Os serviços foram aumentados e as instalações foram disponibilizadas para o controle do coronavírus. Especificamente, a clínica dentária móvel tem sido usada para viajar para 11 escolas no Estado da Califórnia.
O trabalho de Stechmann está ajudando a garantir que a medicina ande de mãos dadas com a fé nesta instituição. Seu trabalho foi reconhecido, entre outros, pelo Arcebispo de Los Angeles, Dom José Gómez. Em uma carta de agradecimento, o prelado elogiou os novos anos que passou nos hospitais locais e seu serviço no conselho da Fundação QueensCare, especialmente em face da pandemia.
Michael Stechmann continuará a trabalhar na Grand Ave 950 S para que Deus continue a entrar nos quartos hospitalares todos os dias e os profissionais médicos encontrem Deus nos doentes.
Michael Stechmann e Irmã Ruth do Conselho da Fundação, em reunião com Xavier Becerra, Procurador Geral do Estado da Califórnia.