Todo dia 1º de novembro, a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos, um momento para honrar a santidade vivida ao longo dos séculos e para lembrar que todos os cristãos, sem exceção, são chamados à santidade. Essa festa nos convida a refletir sobre o modo de vida que a santidade representa e a encontrar no testemunho dos santos um modelo inspirador para nossa vida diária.
“Nossa vida como cristãos deve refletir sua santidade para que não haja contradição entre a fé que professamos e as ações que praticamos.
A santidade é o maior presente de Deus para seu povo e, por meio do sacramento do batismo, todos os fiéis recebem o convite para se tornarem santos. Longe de ser um ideal inatingível, essa vocação é uma meta diária que se manifesta em atos de bondade, na observância dos mandamentos e na vivência das bem-aventuranças. Como afirmou o Papa Bento XVI, a santidade é, antes de tudo, um reflexo da pessoa de Cristo, de seu Evangelho e de seus sacramentos. Nesse sentido, nossa vida como cristãos deve refletir sua santidade para que não haja contradição entre a fé que professamos e as ações que praticamos.
O Dia de Todos os Santos nos lembra que a santidade não é uma exceção, mas um chamado universal. São Paulo se dirigiu aos primeiros cristãos como “amados de Deus, chamados a ser santos”, destacando assim que a jornada da fé deve ser uma transformação constante rumo à santidade. Para os cristãos, essa jornada consiste em estar intimamente unido a Cristo, consciente de que o dom da santidade é também uma responsabilidade a ser vivida todos os dias.
“A festa de Todos os Santos nos lembra que a santidade não é uma exceção, mas um chamado universal”.
Essa festa também é uma oportunidade para agradecermos pelos muitos exemplos de santidade que Deus semeou em sua Igreja. Os santos, homens e mulheres que, por meio de sua doação e amor, encarnaram o Evangelho de Jesus, são uma inspiração para nós. Santa Mônica, Santo Agostinho, Santa Rita e tantos outros santos nos ensinam que a santidade é cultivada ao longo da vida e que todos nós, independentemente de nossa vocação, podemos alcançá-la. A vida de cada santo reflete a graça de Deus e a disposição de viver em comunhão com sua vontade, tornando-se faróis de luz e esperança para todos nós.
Celebrar Todos os Santos é agradecer pelo dom da santidade que Deus concede a cada pessoa batizada. É um lembrete de que cada um de nós é convidado a participar dessa mesma vocação, a viver o Evangelho na vida cotidiana, na oração, no serviço e na caridade. Como o Livro do Apocalipse nos diz: “Quem é santo, seja santificado” (Ap 22:11). Que o exemplo dos santos nos motive a viver nossa fé com autenticidade e dedicação, para que, como eles, possamos caminhar rumo à plenitude da vida em Cristo.
“Celebrar Todos os Santos é dar graças pelo dom da santidade que Deus concede a cada pessoa batizada”.
Nesta festa de Todos os Santos, renovemos nosso compromisso de viver o chamado à santidade em cada momento de nossa vida, em cada ato de serviço e em cada oportunidade de amor. Que a vida dos santos seja nosso guia, e que nós, como Igreja, possamos juntos refletir a presença de Deus no mundo, até nos encontrarmos na cidade de Deus, em comunhão e alegria eterna.