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Os promotores de Justiça e Paz se reuniram em Roma, convocados pela União dos Superiores Gerais

Sob o lema “Missão JPIC: Peregrinos da esperança de transformação sistêmica para o bem comum de toda a criação”, leigos e religiosos de diferentes partes do mundo se reuniram em Roma de 10 a 14 de fevereiro de 2025 para participarem de um seminário de formação organizado pela Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação.leigos e religiosos de diferentes partes do mundo se reuniram em Roma de 10 a 14 de fevereiro de 2025 para participarem do seminário de formação organizado pela Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC) da União dos Superiores Gerais (USG). Participaram do evento os freis Jaazeal Jakosalem e Hugo Sánchez, representando a Comissão de Apostolado Social da Ordem dos Agostinianos Recoletos e ARCORES Internacional. Seu principal objetivo foi dotar os participantes das ferramentas necessárias para fortalecer seus apostolados e ministérios relacionados, assim como inspirar suas comunidades a um maior compromisso com a justiça social e ambiental.

Uma oportunidade de treinamento e engajamento

O workshop de treinamento foi voltado tanto para novos promotores de JPIC quanto para aqueles já envolvidos nesse serviço. A reunião foi organizada pelo Pe. Roy Thomas, dos Missionários do Verbo Divino, e secretário executivo da Comissão de JPIC da UISG e da União dos Superiores Gerais (USG). De acordo com Thomas, essa reunião buscou consolidar a metodologia de ver-julgar-agir, promover a colaboração com outras entidades da sociedade civil e incentivar o trabalho em rede global.

Fortalecimento de redes e esperança em tempos de crise

A Irmã Greta Fernandes, secretária de Missão das Irmãs Missionárias do Espírito Santo, enfatizou a importância da unidade e do trabalho conjunto neste momento crucial. “Não devemos perder a esperança. Estou confiante de que, ao nos unirmos e trabalharmos juntos, encontraremos novas maneiras de resolver esses problemas”. Ela também enfatizou a necessidade de manter a solidariedade com migrantes, refugiados e pessoas em situações vulneráveis.

Em um contexto de crescentes desafios políticos e sociais, o trabalho da JPIC tornou-se crucialmente importante. Fernandes insistiu que era hora de reacender a esperança e concentrar esforços no acompanhamento daqueles que vivem à margem, sem se distrair com os acontecimentos negativos do mundo.

Alternativas e envolvimento com os migrantes

Um dos principais temas da reunião foi a situação dos migrantes e refugiados. Ela observou que muitas congregações trabalhavam diretamente em áreas de fronteira e em contextos de guerra, onde as políticas restritivas de migração tiveram um impacto significativo. Nesse sentido, ela pediu que fossem encontradas alternativas e estratégias para apoiar aqueles que enfrentam essas dificuldades, promovendo o acompanhamento e a defesa dos direitos humanos.

Reflexão e ação em direção ao Jubileu 2025

O irmão Mariano Espinoza Sala, da Congregação do Espírito Santo, enfatizou a importância de uma reflexão profunda sobre o papel das congregações no contexto atual. De acordo com Espinoza, o próximo Jubileu de 2025 representou uma oportunidade para avaliar se a ação da Igreja estava realmente alinhada com a vontade de Deus e com a justiça social. Nesse sentido, ele convidou as comunidades religiosas a fazer um balanço de seu compromisso com a transformação do mundo e a promoção da dignidade humana.

O encontro de formação em Roma representou mais um passo na consolidação de um movimento global pela justiça e pela paz, incentivando as congregações religiosas a se unirem na missão de esperança e transformação social. Com a participação de diversas organizações e congregações, o evento reafirmou a importância de trabalharmos juntos para construir um mundo mais justo e solidário.

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